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Objetivo: O objetivo deste estudo é discutir a importância dos cuidados paliativos na hematologia, destacando como essa abordagem pode proporcionar ao paciente um tratamento individualizado e consequentemente gerar uma melhor qualidade de vida para pacientes com doenças hematológicas. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados científicas, como PubMed, Scielo e Scopus, selecionando estudos e revisões sistemáticas relevantes publicados nos últimos 10 anos sobre cuidados paliativos na hematologia. Além de uma análise de dados feita pelo DataSus. Resultados: Diante desta revisão sistemática, foram analisadas 3.654 hospitalizações recentes, com 370 pacientes com doenças hematológicas. Desses, 102 (28%) buscaram cuidados paliativos, enquanto 268 (72%) foram grupo de controle. A busca por cuidados paliativos resultou em redução significativa de readmissões em até 30 dias (16% vs. 27%; p = .024), aumento no tempo de internação (11,5 vs. 6 dias; p < .001), maior taxa de internações em UTIs (28% vs. 9%; p < .001) e menor taxa de mortalidade em 6 meses (15% vs. 67%; p < .001). Discussão: O estudo analisou um grande número de hospitalizações (3.654 casos) de pacientes com doenças hematológicas. Cerca de 28% desses pacientes optaram por receber Cuidados Paliativos, enquanto os outros 72% foram designados como grupo de controle, com comorbidades semelhantes. Comparando os resultados entre os pacientes que receberam Cuidados Paliativos e o grupo de controle, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em vários desfechos clínicos. O grupo que recebeu Cuidados Paliativos teve taxas significativamente menores de readmissões hospitalares em até 30 dias em comparação com o grupo de controle (16% vs. 27%; p = .024). Isso indica que a inclusão dos Cuidados Paliativos pode desempenhar um papel importante na prevenção de readmissões precoces. Além disso, os pacientes que receberam Cuidados Paliativos tiveram um tempo médio de internação mais longo em comparação com o grupo de controle (11,5 vs. 6 dias; p < .001). Isso sugere que a abordagem abrangente e centrada no paciente dos Cuidados Paliativos, priorizando o conforto, qualidade de vida e comunicação efetiva, pode ser um fator para essa diferença. Foi observado também um aumento nas internações em UTI para os pacientes que receberam Cuidados Paliativos em comparação com o grupo de controle (28% vs. 9%; p |