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O presente “Ensaio” tem como finalidade básica analisar o tema do “absurdo” no seu “desenvolvimento histórico”, estruturado por Dostoievski em seus romances, desenvolvido por Franz Kafka no sentido transcendental e por Albert Camus no sentido imanente. Pretende ele analisar também o tema da incomunicabilidade ligado ao “absurdo”, partindo de textos considerados básicos na bibliografia kafkiana, quais sejam, “O Castelo” e seu “Diário”, evitando cair numa análise estilística tão a gosto dos adeptos do modern criticismcomo a uma redução sociologística da obra de arte, cultivada pelos epígonos modernos de Taine. Crê o autor, que o equilíbrio entre o aspecto psicológico, literário e histórico permite uma visão mais “integrativa” do universo literário, sem cair nos reducionismos atraentes, porque fáceis, de cunho estilístico ou sociologizante. Nessa linha de equilíbrios integram-se a obra de Antônio Cândido “Panorama da Literatura Brasileira” e a de Hugo Friedrich na sua Die struktur der modern lyrik (von Baudelaire bis zur Gegenwart). |