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Este texto apresenta uma análise do romance O Conto da Aia, Margaret Atwood, e a sua versão cinematográfica no formato de série como possibilidade de reflexão multidisciplinar de questões como relações de gênero, parentesco e a dicotomia natureza-cultura para refletir sobre os contextos políticos brasileiro e estadunidense contemporâneos. No Conto, a República de Gilead fundada em um fundamentalismo religioso após um golpe de estado, é constituída por relações de parentesco exclusivamente heterossexual que circunscrevem gênero e sexualidade à dimensão de uma natureza fixa, tendo como origem um Deus criador. A obra de Atwood traz temas das agendas feministas, discussões ecológicas, religiosas, políticas, direitos de minorias, gênero, dentre outras, que estiveram e estão no centro das agendas eleitorais nos últimos anos e, por isso, não se pode estar alheio a elas. Ao engajar a análise na problematização de opressões contra as minorias do tempo presente, os autores deste texto enfrentam as suas correlações com as opressões da República de Gilead. |