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Este trabalho orienta-se por uma leitura da lírica de Carlos Drummond de Andrade, recai sobre o poema “Oficina irritada” do livro Claro enigma (1951), através da qual sobressai uma análise da reflexão que o poeta faz acerca da poesia na sociedade moderna, evidenciando-se, sobretudo, a relação, predominantemente problemática, entre o eu e o mundo, bem como o entrecruzamento dramático das tensões, inquietações de um poeta desconfortável diante da obrigatoriedade das certezas. O poeta, em plena madureza, constrói o poema à custa da irresignação e de uma surpreendente e excessiva violência, como estratégia na relação com o leitor. |