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A ciência faz parte das nossas vidas quotidianas. Não obstante, nem sempre é comunicada com clareza e veracidade. A pandemia que emergiu nos últimos anos à escala global, fez surgir uma panóplia de desafios sociais, económicos e políticos, sem precedentes na história da humanidade. O aparecimento de uma nova doença vírica uniu esforços da comunidade científica na prossecução de uma vacina eficiente. Obtida em tempo recorde, embora já tardio para o bem estar social, a vacina não evitou quarentenas e confinamentos. Apesar dos movimentos anti-vacinação remontarem ao século XIX, esta nova realidade, aliada à facilidade de difundir fake news nas redes sociais, proporcionou uma escalada de notícias contraditórias e alimentou teorias e movimentos negacionistas da ciência. Para que os cidadãos exerçam uma cidadania responsável, terão de formar opinião e decidir sobre assuntos do quotidiano, utilizando argumentos ancorados na ciência. Afigura-se assim como essencial o desenvolvimento de literacia, a começar pelos mais jovens, eliminando mitos e crenças. Este estudo, descritivo e apoiado na testagem, resulta de uma atividade de comunicação alicerçada no ensino e na comunicação pública da ciência. Contou com a presença remota de uma cientista na sala de aula e teve a participação de 49 alunos a frequentar os 11º e 12º anos de escolaridade. Pretendeu-se aferir se a comunicação da cientista em sala de aula produziu alterações no ensino, ao nível das concepções dos alunos relativamente à vacina da COVID-19. Os resultados indicam um impacto positivo da intervenção conjunta entre o comunicar e o ensinar. |
