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Este trabalho investiga, sob a ótica da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]), os processos fonéticos/fonológicos da palatalização progressiva das oclusivas alveolares com a fricativa /S/ em contexto anterior, como em palavras do tipo gos[ʧ]o e des[ʤ]e, produzidos no Português Brasileiro falado em Maceió, contrapondo os dados linguísticos coletados com as variáveis externas (idade, sexo e escolaridade) e internas (contexto seguinte, acento, tamanho da palavra, vozeamento e fronteira lexical), a fim de identificar possíveis condicionantes de uso das variantes. A partir do método hipotético-indutivo empregado, os resultados obtidos apontam para a interação social entre a variável escolaridade e as variáveis idade e sexo, indicando que os informantes mais jovens e do sexo feminino são os maiores favorecedores desse processo de palatalização quando têm baixos índices de escolarização, ao passo que apresentam comportamento linguístico inverso, inibindo a palatalização, quando possuem maiores níveis de escolaridade. Assim, há indícios de que as formas palatalizadas padecem de uma valoração social negativa e é evitada por mulheres, jovens e pessoas escolarizadas, bem como sofrem condicionamento linguístico ao serem mais produtivas em certos ambientes fonéticos. |