AVALIAÇÃO DA MEDIDA DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES COM HTLV EM CENTRO DE REFERÊNCIA

Autor: Nicholas Lourenço Malta, João Guilherme Rattes Lima de Freitasa Vinicius Vianney Feitosa Pereira, Matheus Azevedo Bomfim, Marília Gabriela Barbosa da Silva, Laryssa Bandeira de Melo Silva, Gabriel Freitas Araújo, Kameelah Gomes de Miranda, Maria Clara Barros Santos, Paula Ribeiro Magalhães, Patrícia Muniz Mendes Freire de Moura, José Anchieta de Brito
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103438- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103438
Popis: Introdução: Cerca de 10 a 20 milhões de pessoas estão infectadas pelo HTLV em diversos bolsões endêmicos, incluindo o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A infecção pelo HTLV está associada à paraparesia espástica tropical/mielopatia associada (HAM/TSP), doença crônica desmielinizante de caráter porgressivo e insidiosa, cursando com o acometimento da medula espinhal provocando um quadro de parestesia, paresia, disfunção esfincteriana e dor crônica. O desenvolvimento de HAM/TSP ocorre em 1 a 3.7% dos infectados e possui diagnóstico difícil e evolução imprevisível. A doença tem um cunho debilitante, impactando negativamente as atividades básicas de vida diária dos acometidos. Desta forma, avaliar a funcionalidade por meio de instrumentos estabelecidos é uma forma eficaz de de estratificar a progressão da doença a fim de ofertar o melhor cuidado possível. Objetivo: Avaliar a funcionalidade por meio da Medida da Independência Funcional (MIF) das pessoas vivendo com HTLV (PVHTLV) atendidos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz - UPE. Métodos: Foram coletados dados demográficos e clínicos como: sexo, idade, tempo de diagnóstico e comorbidades. Foi aplicado o questionário MIF, composto por 18 perguntas que avaliam aspectos do cotidiano, como alimentação, cuidados com higiene pessoal, transferências, locomoção e cognição. Cada item pontua de 1 (dependência completa de outros ou de instrumentos auxiliares) a 7 (independência total). Resultados: Ao todo, foram entrevistados 65 pacientes. A média de idade foi de 49 anos (18 a 77 anos); sendo 43 (66%) do sexo feminino. A média de funcionalidade foi de 116 pontos. A distribuição foi: 20 (30,7%) no grupo com MIF abaixo da média, sendo 15, do sexo feminino. As menores médias individuais são referentes à locomoção (marcha e subir ou descer escadas), vestir-se e controle esfincteriano. Conclusão: A aplicação da MIF mostrou que de fato há uma funcionalidade reduzida nas pessoas que vivem com HTLV, principalmente nas que desenvolvem HAM/TSP, tendo implicações principalmente na locomoção e no controle dos esfíncteres. Há necessidade de se verificar a relação da MIF com marcadores biológicos e clínicos. Sendo assim, a aplicação de instrumentos que avaliam a funcionalidade podem auxiliar no manejo e estratificação desses pacientes.
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