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Este artigo aborda o deslocamento da experiência religiosa contemporânea, que migra do ‘campo religioso’ para áreas ou dimensões da vida social não religiosas, como economia, lazer, terapias, esporte. Mudanças profundas como midiatização, estetização, individualização e bricolagem deslocam e redefinem as funções sociais da religião na sociedade capitalista globalizada. A tese central é: o sagrado não desapareceu, foi deslocado, apreendido e integrado pela lógica interna do mercado. Benjamin já se referia ao capitalismo como religião universal. Tais deslocamentos questionam o próprio conceito de religião, desafiam as ciências sociais a aperfeiçoar métodos e categorias. Outro desafio é político: fundamentalismo e violência ameaçam o pluralismo religioso e a democracia. |