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A cirurgia laparoscópica é um avanço importante na cirurgia atual, baseada nos princípios da cirurgia minimamente invasiva, cujas vantagens são diminuição do desconforto no pós-operatório e alta hospitalar precoce, com diminuição de complicações (hérnias, infecção de sítio cirúrgico, entre outras). A taxa de mortalidade é insignificante. Microcâmeras, laparoscópio ou telescópio, monitor, insuflador eletrônico, e pinças específicas são exemplos de equipamentos usados na videolaparoscopia. Apesar das ligaduras e nós da vídeololaparoscopia não se diferenciarem fundamentalmente da cirurgia aberta, determinadas variações técnicas são imprescindíveis pelas peculiaridades desta cirurgia. A ausência do contato manual e do tato, utilização de pinças longas e campo visual restrito, traduz carência da detecção de profundidade adequada da visão em duas dimensões. A ampliação das imagens vídeo- dependentes carece de uma diminuição ajustada da velocidade e amplitude dos movimentos Dificuldades como as relacionadas ao manuseio das duas pinças e movimentos erráticos podem surgir inicialmente, mas recursos simples como clipes e clipadores substituem as ligaduras e os grampeadores na aproximação de tecidos e realização de anastomoses. Dessa forma, esse artigo tem por objetivo descrever a importância crescente desta técnica recente e a cada dia mais empregada nas cirurgias motivou uma pesquisa bibliográfica acerca dos possíveis tipos de sutura e nós utilizados. Dessa forma, o objetivo geral do presente trabalho visa compilar os tipos de nós e suturas mais usados na videolaparoscopia, e especificamente demonstrar por meio de figuras ilustrativas a descrição as técnicas empregadas em tais nós e suturas. Para o presente estudo serão utilizadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico e NCBI Pubmed. Embora ligaduras e nós da vídeololaparoscopia sejam semelhantes às utilizadas na cirurgia aberta, variabilidades técnicas são fundamentais e determinadas pelas singularidades desta cirurgia. A inexistência de contato manual e do tato, o uso de pinças extensas e limitada perspectiva visual, acarreta escassez na percepção da profundidade dimensional. Recursos simples tais como clipes e grampeadores substituem as elaboradas ligaduras nas anastomoses, mas além de onerar os procedimentos, podem eventualmente não substituir suturas e ligaduras. Há necessidade do desenvolvimento de clipes e grampeadores alternativos, com a mesma eficiência e com preços mais acessíveis, além da manutenção da adequação profissional no que diz respeito ao treino de ligaduras e anastomoses manuais. As suturas podem ser elaboradas pontos separados ou de forma contínua, e os nós intra ou extracorpóreos. Os nós intracorpóreos determinam a necessidade de maior treinamento, mas são práticos e rápidos, sendo por isso preferidos pela maioria dos cirurgiões. Já os extracorpóreos são indicados se o espaço intracavitário for diminuto ou se houver prioridade de preensão tecidual forte sobre vaso sanguíneo importante, ou ligadura de estruturas. |