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Os tumores da infância são raros, porém, por serem curáveis, por terem grandes especificidades clínico-epidemiológicas relativamente àqueles dos adultos, e por representarem a primeira causa de morte por doença entre crianças, eles se constituem, nos países desenvolvidos, em um importante objeto de estudo. A apresentação de seus dados no modelo proposto para tumores do adulto não é adequada nem fidedigna, primeiro, pela minimização que os tumores ditos pediátricos sofrem, por causa da sua raridade, ao serem expressos por 100.000 habitantes; segundo, por sua distribuição desigual entre as faixas etárias preconizadas pelo modelo atualmente em vigência (ou seja, a cada cinco anos); e, terceiro, pela importância maior da sua classificação (exceto pelos tumores do sistema nervoso central) por tipo cito-histopatológico do que por localização primária, ao contrário do que se aplica ao adulto e no modelo atual. Pelo presente trabalho, propõe-se que os tumores de crianças e adolescentes sejam classificados, nos registros de câncer de base populacional brasileiros, por tipo cito-histopatológico; que sejam distribuídos em intervalos anuais, até os 15 anos de idade, e em percentagem do total dos números absolutos; e que sejam incluídos todos os tumores do sistema nervoso central, independentemente do seu grau de malignidade. |