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Este artigo propõe-se analisar como a selfie (um neologismo com origem no termo self-portrait, que significa autorretrato) e a posterior publicação dessas imagens nas redes sociais passaram a configurar uma prática corrente do indivíduo na contemporaneidade, numa pós-sociedade do espetáculo envolvida com a procura do prazer hedonista. Esse comportamento exibicionista em torno da exposição do “eu” ganhou novos contornos no meio do esporte, no qual espectadores e até atletas passaram a fazer uso da selfie como busca da satisfação em ver e ser visto, durante ou após o término das competições esportivas. Para compreender este fenômeno, realizamos uma revisão bibliográfica a respeito da selfie e, a partir de exemplos recentes que marcaram a cena esportiva nos últimos anos no Brasil e em Portugal, estabelecemos relações entre essa prática com os conceitos de comunidade, comunidade virtual e habitus (este tal como definido pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu). |