Construindo pífanos: processos educativos emergentes da musicalização no contexto de um projeto de lazer

Autor: Murilo Ferreira Velho de Arruda, Luiz Gonçalves Junior
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Revista da Tulha, Vol 8, Iss 1 e 2 (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2447-7117
DOI: 10.11606/issn.2447-7117.rt.2022.197780
Popis: O objetivo central deste artigo foi identificar e compreender os processos educativos emergentes da construção e aprendizado do instrumento musical pífano no contexto de um projeto de lazer destinado a crianças e adolescentes de periferia urbana de São Carlos, São Paulo. Trata-se da parceria entre o projeto de extensão Vivências em Atividades Diversificadas de Lazer da Universidade Federal de São Carlos com projeto social Mais Que Futebol da Associação Desportiva, Educacional e Social dos Metalúrgicos de São Carlos, que contava com apoio financeiro da terre des hommes, Alemanha (tdhA). Esta parceria previa entre suas práticas centrais o ciclismo, jogos de lutas, fútbol callejero e musicalização, sendo que neste estudo, focamos na musicalização. Como procedimento de coleta de dados utilizamos diários de campo, coletados entre os dias 9 de Maio e 13 de Junho de 2017, cuja seleção representava um período de transição: aulas com flauta doce, gestação e proposta para construção do pífano, coleta dos materiais, construção e início do aprendizado do instrumento, discutidas à luz de conceitos-mapa como musicar, educação, pedagogia dialógica, educação musical humanizadora e lazer. A análise dos dados de campo contou com inspiração na fenomenologia e resultou na construção das seguintes categorias: A) "Você vai cortar?". "Nós vamos" - Educação, experiência e ludicidade; B) "Vai demorar?" - Educação musical humanizadora: compromisso, frequência e rigor; C) "Aí a gente era mais animado lá. Só que aqui também é animado, é gostoso, é silêncio" - Compartilhando e convivendo. Como resultados identificamos processos educativos de fortalecimento da autoconfiança e da confiança em outrem, cooperação e convivência entre educadores/as e participantes e entre si, autonomia em relação às escolhas e responsabilidade individual e coletiva.
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