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Resumo Neste artigo analisamos como a sensibilidade e a experiência intelectual em relação à pobreza foram vivenciadas no Instituto Joaquim Nabuco (IJN) em meados do século XX. No imediato pós-guerra, a intelectualidade recifense tinha a observação, o registro e a reflexão da pobreza como uma espécie de páthos intelectual. Esta experiência coletiva propiciou uma autocompreensão moderna de país a partir de uma perspectiva regional e local. Nas análises que se seguirão, evidenciamos como o IJN se constituiu como esforço para a construção e adensamento dessa nova sensibilidade em relação à miséria regional, que deixou de aceitar a pobreza como parte da ordem natural do mundo. Por fim, analisamos as formas pelas quais o IJN buscou dar um significado canônico, a seu modo, para a realidade de penúria do Nordeste brasileiro. |