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Introduction and objectives: Catheter ablation (CA) is effective in the treatment of ventricular tachycardia (VT). Although some observational data suggest patients with non-ischemic cardiomyopathy (NICM) have less favorable outcomes when compared to those with an ischemic etiology (ICM), direct comparisons are rarely reported. We aimed to compare the outcomes of VT ablation in a propensity-score matched population of ICM or NICM patients. Methods: Single-center retrospective study of consecutive patients undergoing VT ablation from 2012 to 2023. A propensity score (PS) was used to match ICM and NICM patients in a 1:1 fashion according to age, sex, left ventricular ejection fraction (LVEF), NYHA class, electrical storm (ES) at presentation, and previous endocardial ablation. The outcomes of interest were VT-free survival and all-cause mortality. Results: The PS yielded two groups of 71 patients each (mean age 63±10 years, 92% male, mean LVEF 35±10%, 36% with ES at presentation, and 23% with previous ablation), well matched for baseline characteristics. During a median follow-up of 2.3 (interquartile range IQR 1.3–3.8) years, patients with NICM had a significantly lower VT-free survival (53.5% vs. 69.0%, log-rank p=0.037), although there were no differences regarding all-cause mortality (22.5% vs. 16.9%, log-rank p=0.245). Multivariate analysis identified NICM (HR 2.34 [95% CI 1.32–4.14], p=0.004), NYHA class III/IV (HR 2.11 [95% CI 1.11–4.04], p=0.024), and chronic kidney disease (HR 2.23 [95% CI 1.25–3.96], p=0.006), as independent predictors of VT recurrence. Conclusion: Non-ischemic cardiomyopathy patients were at increased risk of VT recurrence after ablation, although long-term mortality did not differ. Resumo: Introdução e objetivos: A ablação por cateter (CA) é eficaz no tratamento da taquicardia ventricular (TV). Embora dados observacionais sugiram que doentes com miocardiopatia não isquémica (NICM) apresentem piores resultados do que aqueles com etiologia isquémica (ICM), comparações diretas são escassamente reportadas. O objetivo foi comparar os resultados da ablação de TV numa população propensity-matched de doentes com NICM ou ICM. Métodos: Estudo retrospetivo unicêntrico de doentes submetidos ablação de TV, de 2012 a 2023. Usado propensity-score (PS) para emparelhar doentes com NICM e ICM numa proporção 1:1 de acordo com idade, sexo, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), classe de NYHA, tempestade arrítmica à admissão e ablação endocárdica prévia. Os outcomes de interesse foram sobrevida livre de TV e morte por todas as causas. Resultados: O PS resultou em dois grupos de 71 doentes (idade 63 ± 10 anos, 93% do sexo masculino, FEVE 35 ± 10%, 36% com apresentação em tempestade arrítmica e 23% com ablação prévia). Durante um follow-up de 2,3 (1,3–3,8) anos, os doentes com NICM apresentaram menor sobrevida livre de TV (53,5% versus 69,0%, P log-rank = 0,037), apesar de não haver diferenças significativas em relação à mortalidade (22,5% versus 16,9%, P log-rank = 0,245). A análise multivariada identificou NICM (HR 2,34 [IC 95% 1,32–4,14], P = 0,004), NYHA III ou IV (HR 2,11 [IC 95% 1,11–4,04], P = 0,024) e doença renal crónica (HR 2,23 [IC 95% 1,25–3,96], P = 0,006) como preditores independentes de recidiva de TV. Conclusão: Doentes com NICM apresentam maior risco de recidiva de TV, apesar de não haver diferenças significativas na mortalidade a longo prazo. |