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Neopentecostalismo está em notório crescimento no Brasil e no mundo, e entre seus fiéis, encontramos indivíduos pertencentes a comunidades tradicionais e povos originários, como são os indígenas. É cada vez mais comum notar a presença de templos evangélicos em aldeias e outros núcleos populacionais étnicos. O principal discurso do movimento neopentescostal é o da teologia da prosperidade, que foi analisada em outros estudos, como ferramenta da ética capitalista e insustentável sob ponto de vista ambiental. A partir desta análise, o presente ensaio pretende problematizar a maneira pela qual os povos indígenas tem resistido à colonização, desde o catolicismo até o neopentecostalismo. Como estes movimentos inferiorizaram a crença religiosa destes povos, provocando perda de diversidade cultural. Seria um novo tentáculo do colonialismo? Sob a perspectiva de Dussel (2009) sobre a transmodernidade e de Quijano ( 1998) sobre a socialização de poder, busca-se um diálogo intercultural, sem criação de uma unidade globalizada, mas um multiverso multicultural. |