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Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência da incontinência urinária (IU) e seu impacto na qualidade de vida na população idosa de um bairro de Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Metodologia: A amostra foi composta por 401 indivíduos, com idade superior a 65 anos, de ambos os sexos, residentes há pelo menos 12 meses no bairro. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação do International Consultation on Continence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), durante uma visita domiciliar. Resultados: A prevalência de IU encontrada na população foi de 32,2%. Em relação ao gênero, 37,9% das mulheres apresentaram-se incontinentes; nos homens, o percentual foi de 15,5%. Os tipos de IU mais prevalentes foram de urgência (18%) e de esforço (16%). Existe uma associação significativa entre a presença de IU e o avanço da idade (r = 0,183; p < 0,001), idade e a interferência na vida diária (r = 0,101; p = 0,044) e idade e a piora na qualidade de vida (r = 0,117; p = 0,02). O ICIQ-SF demonstrou impacto negativo na qualidade de vida dos idosos com IU. Conclusão: Observou-se maior prevalência de IU entre mulheres em todas as faixas etárias. A IU de urgência e a de esforço foram as mais prevalentes. O ICIQ-SF indicou interferência negativa significativa da IU na qualidade de vida dos idosos, sobretudo na faixa etária dos 90 aos 99 anos. A prevalência de IU interferiu de maneira significativa na frequência das perdas, na realização das atividades de vida diária e na piora da qualidade de vida dos idosos estudados. |