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Resumo Objetivo Analisar a relação entre fadiga e qualidade do sono em profissionais dos serviços de saúde mental durante a pandemia de COVID-19. Métodos Este estudo transversal e correlacional foi desenvolvido entre outubro de 2021 e julho de 2022 com profissionais dos serviços de saúde mental no Rio Grande do Sul, Brasil. Foram usados questionários sociolaboral e de saúde, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e Escala de Avaliação da Fadiga. A análise foi descritiva e analítica, e foram usados testes qui-quadrado, exato de Fischer, correlação de Spearman e análise de regressão binária logística (nível de significância de 5%). Resultados Participaram 141 profissionais, com prevalência de má qualidade do sono e alta fadiga. A má qualidade do sono mostrou associação ao afastamento do trabalho por doença nos últimos seis meses (p=0,023), cansaço ao final da jornada de trabalho (p=0,011), realização de tratamento de saúde (p=0,012) e fadiga (p=0,006). A fadiga alta foi associada a sentir-se cansado ao final da jornada de trabalho (p=0,017). Modelos multivariados evidenciaram que profissionais com fadiga alta e cansaço frequentemente e/ou sempre apresentaram duas vezes mais chances de ter má qualidade do sono. Conclusão Fadiga e qualidade do sono estão significativamente associadas, com maior chance de má qualidade do sono entre os que apresentam níveis elevados de fadiga. Estratégias para reduzir a sobrecarga laboral, melhorar a qualidade do sono e promover um ambiente saudável são recomendadas. |