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A cardiomiopatia dilatada é caracterizada pela deficiência de contração ventricular e sabe-se que diversas afecções podem causar com a baixa contratilidade miocárdica e consequente dilatação das câmaras cardíacas. O hipotireoidismo é uma endocrinopatia que pode estar relacionado à diminuição da contratilidade muscular, como da musculatura miocárdica e esofágica. O objetivo desde trabalho foi relatar um caso de um cão com hipotireoidismo, megaesôfago e cardiomiopatia dilatada. Foi atendido um paciente canino, macho, Fila Brasileiro, oito anos de idade e escore de condição corporal (ECC) 2 (1-9), apresentando queixa principal de dispneia, regurgitação, fraqueza, edema de membros, emagrecimento progressivo, hipotricose e alopecia bilateral simétrica em tronco e cauda. Ao exame físico pode-se constatar impressão de godet, crepitação pulmonar, sopro sistólico grau IV (I-VI) e desidratação de 8%. Foram realizados exames complementares, como radiografia torácica, ecodopplercardiograma e dosagem sérica de T4 livre por diálise e TSH. Assim, foi confirmada a presença de cardiomiopatia dilatada em insuficiência cardíaca congestiva, megaesôfago e hipotireoidismo. Foi instituída a terapia paliativa para estabilização do paciente e iniciado tratamento específico para as afecções por via oral com pimobendan, benazepril, furosemida, espironolactona, levotiroxina sódica, administrados em posição bipedal, além do manejo alimentar com alimentação pastosa também em posicionamento bipedal por 20 minutos. Com um mês de tratamento, o paciente apresentou melhora clínica, ganho de peso (ECC 3) e crescimento dos pelos. Todavia, o tutor declinou a realização de exames de acompanhamento hormonal, sendo mantida as doses inicialmente prescritas. O diagnóstico precoce, a instituição do tratamento adequado e o acompanhamento do paciente frente a terapia instituída são de extrema importância para a estabilização do paciente e a manutenção da homeostasia do organismo, aumentando a qualidade e expectativa de vida dos pacientes |