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A prevenção e o controle da dor são componentes básicos para um procedimento anestésico adequado. Objetivou-se com este estudo avaliar a analgesia pós-operatória da cetamina, em dose subanestésica, da metadona e da associação de ambas pela via intramuscular em felinos. Foram utilizadas 24 gatas, hígidas, submetidas à ovariossalpingo-histerectomia eletiva. No dia anterior ao início do estudo, os animais foram anestesiados para colocação de cateter na veia jugular, para posterior coleta de sangue para mensuração da concentração sérica do cortisol. No dia do experimento, os animais foram alocados aleatoriamente em três grupos (n=oito), os quais receberam cetamina (GC), na dose de 0,5mg/kg; ou metadona (GM), na dose de 0,3mg/kg; ou cetamina e metadona (GCM), nas doses de 0,5mg/kg e 0,3mg/kg, respectivamente, todos pela via intramuscular. Todos os grupos receberam os fármacos 20 minutos antes da indução anestésica, a qual foi realizada com propofol, e a manutenção com isoflurano. Os parâmetros avaliados foram a mensuração do cortisol nos momentos M0 (basal - antes da cirurgia), M1(transoperatório), M2, M3, M4, M8, M12 e M24 (duas, três, quatro, oito, 12 e 24 horas após o término da cirurgia),e a do escore de dor por meio da escala multidimensional de dor aguda em felinos nos momentos M0, M2, M3, M4, M8, M12 e M24. Os valores de cortisol foram maiores no GC em comparação ao GM e ao GCM em M2 e M3. Os escores de dor foram maiores no GC nos momentos M2 e M3 em comparação ao GM e ao GCM, respectivamente. No somatório de pontos, no M2, o GC apresentou valores maiores que o GM e o GCM, e, no M4, o GC obteve valores maiores que o GCM. Em relação ao número de resgates no pós-operatório no GC, 8/8 dos animais necessitaram de resgate, no GM 5/8 e no GCM 3/8. Conclui-se que a associação de metadona e cetamina em gatas submetidas à OSH eletiva promove analgesia pós-operatória adequada e, assim, reduz o requerimento de analgésicos no período pós-operatório. |