Avaliação de Burnout em Profissionais de Saúde da Unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Autor: | Pedro Melo-Ribeiro, Patrícia Marta, Marco Mota-Oliveira |
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Jazyk: | English<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2023 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Vol 9, Iss 4 (2023) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 2184-5522 2184-5417 |
DOI: | 10.51338/rppsm.532 |
Popis: | Introdução: Os profissionais de saúde são um grupo particularmente suscetível ao desenvolvimento de burnout. São escassos os estudos publicados a avaliar esta problemática nos profissionais de saúde da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Este estudo pretende avaliar a prevalência desta síndrome, nas suas várias definições e dimensões e diferentes classes profissionais desta população, bem como identificar fatores sociodemográficos ou laborais associados a níveis elevados de burnout. Métodos: É um estudo observacional, transversal e quantitativo em profissionais de saúde da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, reunindo informações sociodemográficas e inerentes ao desempenho profissional e aplicando as versões validadas para a população portuguesa dos questionários Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey e 23-QVS Questionário de Vulnerabilidade ao Stress. Resultados: O total de 200 respostas corresponde a 88 enfermeiros, 83 médicos e 29 técnicos superiores de saúde. A média de idades foi de 39 anos, com uma maioria do sexo feminino (75,5%). Identificamos uma prevalência de burnout de 16,5% (enfermeiros: 23,9%; médicos: 10,8%; TSDS: 10,3%). Apuramos níveis elevados de exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional em, respetivamente, 68,5%, 30% e 34,5% dos profissionais. A mediana global do questionário 23-QVS foi 39 pontos, com vulnerabilidade ao stress (>43 pontos) em 37% da amostra. Profissionais com elevada exaustão emocional trabalharam, em média, mais 5 horas semanais que os restantes. O aumento de média de horas de trabalho aumenta risco de elevada exaustão emocional e despersonalização. Vulnerabilidade ao stress aumenta risco de níveis elevados das dimensões de burnout. Ser enfermeiro está associado a maior risco de burnout e a níveis elevados das suas dimensões. Conclusão: Este estudo demonstrou níveis elevados de burnout numa proporção considerável dos profissionais, em particular nos enfermeiros. Constatou medianas das dimensões de burnout correspondentes a níveis elevados de exaustão emocional e despersonalização e moderados de redução da realização profissional, embora esta população não pontue, em mediana, para vulnerabilidade ao stress. Estes resultados reforçaram a importância da criação de uma consulta dirigida ao burnout nos profissionais de saúde da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. |
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