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Os abscessos hepáticos são considerados sequelas de quadros de acidose ruminal e ruminites em bovinos alimentados com dietas ricas em carboidratos altamente fermentáveis, e pobres em volumoso. O Fusobacterium necrophorum é o principal agente etiológico, e o segundo patógeno mais frequentemente isolado é o Arcanobacterium pyogenes, atualmente denominado de Trueperella pyogenes. Na maioria das vezes os abscessos hepáticos são diagnosticados e encontrados no exame post-mortem durante o abate dos bovinos, pois raramente há manifestação de sinais clínicos. Macroscopicamente eles são observados como uma área de inflamação purulenta, envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, que pode variar em espessura e tamanho, atingindo até 15 cm de diâmetro. Os abscessos hepáticos são apontados como um enorme problema econômico para produtores e também para a indústria frigorifica, já que são associados a uma diminuição no consumo da dieta, ganho de peso, rendimento de carcaça e a condenação do fígado. Portanto, há uma busca incessante para prevenir e reduzir a incidência de abscessos hepáticos, principalmente por meios alternativos ao uso de antibióticos, como a produção de vacinas e a manipulação das dietas, uma vez que a utilização de antibióticos é contestada por diversos países devido ao risco de induzir a resistência antimicrobiana em humanos. Desta forma, o objetivo desta revisão é reunir e discutir informações a respeito da incidência dos abscessos hepáticos em bovinos, bem como sua importância econômica, etiologia, patogenia, diagnóstico e prevenção. |