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A internet tem propiciado uma série de avanços em diferentes áreas do conhecimento e de atuação, inclusive relacionados com a cidadania e o engajamento político. É cada vez mais simples aos indivíduos criar e compartilhar conteúdo, além de poder se manifestar e interpelar pelos seus direitos. Após a influência de mídias sociais, como Facebook e Twitter, que foram fundamentais em eventos como Primavera Árabe (Egito), Occupy Wall Street (Estados Unidos) e Vem Pra Rua (Brasil), as petições públicas online tem ganhado repercussão e um grande volume de assinaturas nos últimos dez anos. Dentro deste contexto, o objetivo deste artigo foi o de analisar as petições públicas online sobre bibliotecas e bibliotecários. Foram selecionadas duas plataformas de reconhecido destaque no Brasil: Change e a Petições Públicas Brasil. O levantamento dos dados deu-se a partir das palavras-chave “biblioteca” e “bibliotecário”, em abril de 2017, sem especificar período limite de análise. Foram analisadas 91 petições buscando identificar a cobertura, a tipologia das bibliotecas, as questões profissionais e as oportunidades e ameaças. As bibliotecas públicas e escolares foram as que motivaram o maior número de petições, embora as de cunho profissional sejam as que mais receberam assinaturas. São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina foram os estados que mais tiveram documentos com as mais diferentes necessidades. Por fim, destacam-se possibilidades de estudos futuros que verifiquem a baixa expressividade do engajamento político relacionado a estes temas, além das melhorias necessárias nas plataformas para tornar este tipo de manifestação juridicamente aceito. |