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Desde as primeiras incursões de psicólogos no sistema público de saúde discute-se a adeqüabilidade de seus padrões de atuação que, atualmente, redundam numa atenção curativa, individual e ineficiente. Contudo, ressalta-se a interferência das deliberações, orientações e exigências do Sistema Único de Saúde na figura do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) que fornece uma lista de procedimentos a serem desenvolvidos pelos psicólogos. Este estudo analisou estatísticas dos procedimentos realizados pela Psicologia em Natal/RN, disponíveis no SIA/SUS, com o objetivo de dimensionar como sua estrutura influencia a manutenção dos modelos de atuação. Os dados revelam uma permanência de ações compartimentalizadas, cuja maior proporção abrange os quadros mórbidos. A dificuldade para o desenvolvimento de ações diferentes ou obriga os profissionais a registrarem-nas de forma distorcida, ou os resigna aos atendimentos previstos. Na Psicologia, o sistema de informações restringe atividades que poderiam configurar um modelo de atuação condizente com os ideais da reforma sanitária. Palavras-chave: Psicologia; Saúde Pública; Sistema de Informações Ambulatoriais. |