Avaliando a implementação da residência em medicina de família e comunidade na atenção primária

Autor: Lucas Gaspar Ribeiro, Eliana Goldfarb Cyrino, Antônio Pazin-Filho
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Educação Médica, Vol 48, Iss 3 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1981-5271
DOI: 10.1590/1981-5271v48.3-2023-0225
Popis: RESUMO Introdução: A medicina de família e comunidade (MFC) é a especialidade preferencial para estar presente na atenção primária à saúde (APS). O padrão ouro de formação de profissionais para a especialidade é a residência médica, momento que ao menos 70% do período de estágio é na APS. Assim, é imprescindível avaliar a qualidade de inserção da residência nesse local. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de implementação dos programas de residência médica em MFC na APS. Método: Utilizou-se uma ferramenta desenvolvida para a análise de implementação de residência de MFC na APS em programas pequenos (até dois residentes do segundo ano), médios (de dois a cinco) e grandes (a partir de seis), avaliando de zero a quatro pontos, entre não implantado e totalmente implantado. As notas foram obtidas a partir de entrevista com residentes, preceptores, coordenadores e gestores municipais, considerando a avaliação de quarta geração com análise de Bardin das falas. Resultado: Seis programas foram avaliados, em municípios de 20 mil a 12 milhões de habitantes, com variação de um a 22 residentes do segundo ano por programa, desde insatisfatório (um programa) a totalmente implantado (dois programas). Municípios com maior cobertura de APS apresentaram resultados de implementação melhores. As notas mais baixas foram nos itens “educação permanente” e “educação continuada”, e as mais altas na presença de especialistas em MFC como preceptores. Há diferença de percepção entre os entrevistados considerando as mesmas perguntas. O estudo sugere que municípios com maior investimento na APS também possuem melhores programas de residência, independentemente de o vínculo ser com centros educacionais ou secretarias de saúde. A pandemia de Sars-CoV-2 também dificultou a educação em saúde. Os resultados também foram definidores quando entrevistadas diferentes pessoas, demonstrando ser essencial a análise de quarta geração. Conclusão: Há a necessidade de observar a implementação dos programas de residência na APS para garantir formação de qualidade, e não apenas quantidade para provimento.
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