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RESUMO Introdução: A empatia, um elemento primordial do humanismo, tem sido alvo de crescente interesse no ensino médico. No contexto das profissões de saúde, a empatia no atendimento ao paciente é um atributo que envolve a compreensão das experiências, da dor, do sofrimento e das preocupações do paciente combinados com a capacidade de comunicar esse entendimento e uma intenção de ajudar. Apesar do desenvolvimento de práticas que estimulam a empatia nos estudantes de Medicina, um desafio presente na vida acadêmica é mensurar essa habilidade. Objetivo: Este estudo teve como objetivos elaborar e validar uma escala brasileira de empatia no contexto do atendimento clínico. Método: Trata-se de estudo-piloto de construção e validação de uma escala psicométrica, realizado em cinco etapas: 1. definição das dimensões do construto baseada em revisão da literatura; 2. itens submetidos à análise teórica com juízes especializados no tema, objetivando identificar a pertinência do item dentro do construto; 3. realização de um pré-teste com a população-alvo visando avaliar o entendimento dos itens; 4. validação da escala com aplicação a 207 estudantes de Medicina brasileiros; 5. aplicação de testes estatísticos que auxiliam na validação da escala. Resultado: Ao final do estudo, a escala de empatia elaborada continha 21 itens, com respostas em escala de Likert, distribuídos em dois fatores: compreensão empática e ação empática, que apresentaram boa confiabilidade proposta (> 0,842) e boa consistência interna (H-latente > 0,879 e H-observado > 0,864) com total de variância explicada de 44,95%. Conclusão: A aplicação da escala de empatia clínica em estudantes de Medicina resultou em um instrumento que atendeu aos critérios de adequação semântica e cultural, e revelou evidências preliminares de validade. |