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O objetivo central deste artigo é caracterizar as recontextualizações (BAUMAN; BRIGGS, 2006 [1990]; SILVERSTEIN; URBAN, 1996; BLOMMAERT, 2008) do cartaz “Rosie, a Rebitadora” em seu trânsito por e entre espaços antifeministas. Ademais, identifico a performatividade de gênero e o sexismo presentes nesses processos. Levando em consideração o hibridismo online/offline (BLOMMAERT et al, 2019) das relações na contemporaneidade, a metodologia utilizada é a etnografia digital (HINE, 2015), com o aporte da rede social Facebook e das concepções no que diz respeito à utilização dos memes nesse ambiente (VARIS; BLOMMAERT, 2015). A bibliografia na qual me apoio para a compreensão das produções de “Rosie” no período de guerra são as postulações de Aguierre (2018) e Lôbo (2017). Além disso, a compreensão das questões de gênero e do feminismo advém de Butler (1990; 2004) e hooks (2018 [2002]). Faludi (2001) e Vaggione e Biroli (2020) são as principais autoras que contribuem para o entendimento sobre as disputas antifeministas ao longo dos tempos. Sendo a citacionalidade (NAKASSIS, 2019) um elemento analítico para a interpretação do que é modificado nas circulações dos textos, concluo que os discursos analisados agem definindo a subjetividade das pessoas em torno do gênero, em função da heteronormatividade e dos papéis sociais incumbidos. |