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Este artigo detém-se na análise do conto “Manuscrito de Buenos Aires” (2008), de Francisco José Viegas, considerando os elementos pertencentes ao gênero policial e à ficção contemporânea que podem ser verificados na construção narrativa. A recorrência a tais traços é característica da obra de Viegas, para quem “toda literatura é policial”. Nesse sentido, o conto em destaque é marcado não só por elementos do policial, tais como personagem detetivesco, o desaparecimento de um objeto (manuscrito) e a procura para desvendar o enigma, mas também por elementos que são destaque na narrativa contemporânea, como a intertextualidade e a referência à própria literatura. A narrativa sagra-se, portanto, como um elogio, especialmente, à obra de Jorge Luiz Borges e Miguel de Cervantes e a uma investigação que tem a literatura como objeto de obsessão. |