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RESUMO Objetivo Verificar a diferença das medidas de frequência fundamental, intensidade e de dose vocal entre mulheres e homens cisgêneros, em situações de mesma demanda de voz. Métodos Trata-se de uma pesquisa observacional transversal. Participaram do Grupo 1 cinco homens cisgêneros, com idade entre 21 e 24 anos, e do Grupo 2, cinco mulheres cisgêneras, com idade entre 22 e 25 anos, todos sem queixas vocais e estudantes do curso de Fonoaudiologia. Os indivíduos foram pareados por demanda vocal, sendo que todos estavam matriculados nas mesmas disciplinas do curso de graduação. Todos os participantes se autodefiniram como cisgêneros, ou seja, identificaram-se com o sexo designado ao nascer. A coleta foi realizada de forma simultânea aos pares (um participante do G1 e um do G2), por um período contínuo de dez horas. Para a coleta de dados, utilizaram-se dois dosímetros da marca VoxLogⓇ. Para comparação das medidas entre os grupos utilizou-se o teste t de Student, com nível de confiança de 95%. Resultados Observou-se que as mulheres cisgêneras apresentaram maiores valores de frequência fundamental (p=0,001), porcentagem de fonação (p=0,037), dose cíclica (p=0,002) e dose de distância (p=0,008). A intensidade da voz de ambos os grupos foi semelhante no período avaliado. Conclusão Mulheres cisgêneras apresentam maiores valores de frequência fundamental, porcentagem de fonação, dose cíclica e dose de distância, do que homens cisgêneros. Avaliar a dose vocal entre os gêneros é importante para a melhor compreensão dos fatores etiológicos das disfonias comportamentais e para definir uma reabilitação vocal mais personalizada. |