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Esse artigo tem como objetivo discutir a concepção de um “sistema estratégico de recompensas” para executivos. Inicialmente foi realizada uma pesquisa qualitativa em dez empresas de grande porte, por meio de entrevistas em profundidade com diretores de Recursos Humanos. A seguir, foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa com aplicação de um questionário auto-preenchível sobre políticas e práticas de recompensas financeiras e não-financeiras junto ao universo de executivos de quatro dessas empresas pesquisadas na primeira fase. Os resultados apontaram a percepção dos executivos quanto às características dessas políticas e práticas, tais como: estímulo ao cumprimento de metas, a prática de stock options, a flexibilidade da política de remuneração e sua competitividade, a possibilidade de oferecimento de stock options, a motivação para trabalhar, a base para a remuneração variável e o desafio como forma de retenção dos executivos. Além disso, os executivos também salientaram a importância das recompensas não-financeiras, sendo as mais relevantes aquelas voltadas ao auto-desenvolvimento, à autonomia no trabalho, à oportunidade para criar, ao reconhecimento por um bom trabalho, à oportunidade de progresso na carreira e à participação nas decisões. Por essa perspectiva o ato de recompensar transcende o aspecto transacional e constitui em fator essencial para o desenvolvimento das pessoas e para a competitividade da organização. |