A narrativa como um dispositivo na elaboração de um novo olhar sobre o câncer infantil

Autor: Conrado Augusto Gandara Federici, Katherine Teixeira Passos, Renata Oliveira Abrão, Tailah Barros de Paula, Caio Vinícius Infante de Melo, Cássio Vinícius Afonso Viana, Elissa Hanayama Dottori, Lilian Bertolo, Marina Fernandes Salvino, Natan Santos Medeiro, Stéfanie Balestrin Viúdes
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2012
Předmět:
Zdroj: Revista Ciência em Extensão, Vol 8, Iss 3, Pp 267-270 (2012)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1679-4605
Popis: Há anos o câncer vem se destacando como a doença mais temida pela sociedade. É notável o estigma e a exclusão que tal patologia tem gerado atualmente. Além de todo o sofrimento biológico, há por trás de qualquer paciente terminal uma profunda dor emocional e psicológica. Quando se trata de crianças, há uma potencialização do sofrimento diante da proximidade da morte que se mostra de maneira tão precoce na vida do ser humano. Infelizmente, a técnica utilizada no tratamento oncológico só tende a aumentar esse sofrimento, por se tratar de uma técnica invasiva e dolorosa, deixando crianças ainda mais frágeis. Aliado a essa técnica penosa, a criança é submetida a um processo de adaptação que compromete todo o seu desenvolvimento. O paciente se vê diante de uma nova realidade, um novo mundo para o qual não estava preparado, e que por isso, vem alterar o seu “jeito criança de ser e estar no mundo”.Segundo Huizinga (2008), o jogo e as brincadeiras são uma forma de manifestação cultural, além de ser considerado algo inato ao ser humano. A brincadeira é algo muito presente no cotidiano das crianças, em especial, já que elas vivem em um mundo de fantasia, no qual realidade e “faz?de?conta” se confundem. Esse projeto busca utilizar do lúdico como uma ferramenta de linguagem da criança, e também como potencializador do aprendizado da criança e despertando sentimentos positivos que ajudem o paciente a enfrentar as adversidades da doença e do seu tratamento. Utilizaremos para isso, o encontro com o paciente como um dispositivo que aumente o poder de ação da criança por meio da alegria. Utiliza?se uma linguagem não verbal como forma de expressão, na qual a realidade é percebida pelos sentidos, não necessitando de explicação lógica para existir.
Databáze: Directory of Open Access Journals