Análise da subnotificação de COVID-19 no Brasil
Autor: | Marcelo Freitas do Prado, Bianca Brandão de Paula Antunes, Leonardo dos Santos Lourenço Bastos, Igor Tona Peres, Amanda de Araújo Batista da Silva, Leila Figueiredo Dantas, Fernanda Araújo Baião, Paula Maçaira, Silvio Hamacher, Fernando Augusto Bozza |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
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Zdroj: | Revista Brasileira de Terapia Intensiva |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1982-4335 0103-507x |
DOI: | 10.5935/0103-507x.20200030 |
Popis: | RESUMO Objetivo: Estimar as taxas de notificação de casos de doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) para o Brasil em geral e em todos os estados. Métodos: Estimamos o número real de casos de COVID-19 utilizando o número de óbitos notificados no Brasil e em cada estado e a proporção entre casos e letalidade, conforme a Organização Mundial da Saúde. A proporção entre casos e letalidade prevista para o Brasil foi também ajustada segundo a pirâmide de idade populacional. Assim, a taxa de notificações pode ser definida como o número de casos confirmados (informados pelo Ministério da Saúde) dividido pelo número de casos previstos (estimado a partir do número de óbitos). Resultados: A taxa de notificação de COVID-19 no Brasil foi estimada em 9,2% (IC95%: 8,8% - 9,5%), sendo que, em todos os estados, as taxas encontradas foram inferiores a 30%. São Paulo e Rio de Janeiro, os estados mais populosos do país, mostraram baixas taxas de notificação (8,9% e 7,2%, respectivamente). A taxa de notificação mais alta ocorreu em Roraima (31,7%) e a mais baixa na Paraíba (3,4%). Conclusão: Os resultados indicam que a notificação de casos confirmados no Brasil é muito abaixo da encontrada em outros países que avaliamos. Assim, os responsáveis pela tomada de decisões, inclusive os governos, não têm conhecimento da real dimensão da pandemia, o que pode prejudicar a determinação das medidas de controle. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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