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O presente artigo analisa as tentativas de persuadir no debate político televisionado das eleições presidenciais brasileiras de 2014. Esse evento retórico-linguístico é sugerido por meio da presença de dois elementos retóricos nas argumentações dos debatedores. Essa dupla persuasiva se constitui pelo ethos discursivo e pelos argumentos persuasivos. Os referencias teóricos utilizados foram: Aristóteles (2011), Bauer e Gaskell (2015), Costa (2009), Fiorin (2015), Marcuschi (2008), Meyer (2007), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014), Reboul (2004), Souza (2001), Silva e Santos (2019), entre outros. A partir das discussões, compreendeu-se que a persuasão está nos textos do cotidiano, principalmente nos da esfera política, como o debate. O trabalho seguiu uma linha qualitativa, segundo a qual as análises foram feitas em processo. Diante disso, notou-se como as tentativas de persuadir revelam o funcionamento persuasivo desse gênero, no qual os debatedores tentam promover suas imagens discursivas, desvalorizando a do seu oponente e, para tanto, fundamentam suas teses por meio de argumentos que movam seu auditório social. Além disso, esses argumentos, nos fragmentos estudados, se amparam em teses verossímeis. Portanto, o debate e a persuasão se realizam mediante acordos e argumentos, comprovando que as práticas de linguagem atuam em movimentos interativos e, por isso mesmo, dependem de negociação. |
