PACIENTE COM OSTEOMIELITE CRÔNICA SUBMETIDO À TRANSPLANTE HEPÁTICO

Autor: Rhuan Vinicius de Freitas Esprendor, Carla Sakuma de Oliveira, Marisa Cristina Preifz de Carvalho, Lilian Cabral Pereira dos Santos, Matheus Takahashi Garcia
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103262- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103262
Popis: Osteomielite é uma infecção da medula óssea com tendência à progressão, sendo a maioria dos casos ocorrendo após trauma no osso, cirurgia óssea ou insuficiência vascular secundária. O desbridamento cirúrgico e a terapia antimicrobiana são os principais tratamentos da osteomielite, sendo que este último muitas vezes demanda uso de antimicrobianos por tempo prolongado, exigindo cautela na escolha do medicamento que possua penetração óssea e sensibilidade ao microrganismo. O transplante hepático pode ser o tratamento de escolha para pacientes com cirrose, insuficiência hepática aguda e carcinoma hepatocelular, entre outras causas menos frequentes. Paciente masculino, 54 anos, teve diagnóstico de cirrose alcoólica em Agosto de 2021, permanecendo abstinente. No início de 2022 sofreu fratura no tornozelo direito, necessitando de intervenções cirúrgicas, o que provocou descompensação da cirrose e levou a um quadro de ACLF (acute on chronic liver failure). O ideal, seria primeiramente tratar a infecção, para só então considerar o transplante hepático. Porém, devido a urgência e gravidade da hepatopatia, a equipe optou pela realização do procedimento na vigência de osteomielite crônica. O paciente foi avaliado pela Infectologista, que solicitou cultura asséptica e antibiograma de sua fratura de tornozelo, fixada com fixador externo Ilizarov e apresentou crescimento de Escherichia coli ESBL. Em seguida, realizou o transplante e tratamento antimicrobiano com Meropenem devido à osteomielite e crescimento de Escherichia coli ESBL em líquido peritoneal coletado posteriormente. O tratamento com o carbapenêmico durou por 18 dias em internamento, prosseguindo de alta com prescrição de Ertapenem por 3 meses em carácter de homecare. A remoção do fixador externo foi feita ambulatorialmente após o transplante e recuperação. O paciente segue em acompanhamento ambulatorial pós-transplante com a equipe multiprofissional, não necessitou de novas intervenções uma vez que o tratamento foi corretamente guiado pela cultura.
Databáze: Directory of Open Access Journals