Ações intersetoriais e o reconhecimento de uma fonte de cuidado da atenção primária por adolescentes brasileiros

Autor: Maísa Mônica Flores Martins, Nília Maria de Brito Lima Prado, Leila Denise Alves Ferreira Amorim, Ana Luiza Queiroz Vilasbôas, Rosana Aquino
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Saúde Pública, Vol 40, Iss 10 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1678-4464
0102-311x
DOI: 10.1590/0102-311xpt195923
Popis: Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre o desenvolvimento de ações intersetoriais entre escola/serviços de saúde da atenção primária à saúde (APS) e o reconhecimento de uma fonte usual do cuidado de APS entre adolescentes brasileiros. Trata-se de um estudo transversal, a partir da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015, realizado com 97.903 adolescentes, com amostragem complexa. A associação entre ações intersetoriais entre serviços de APS e escolas e o reconhecimento da fonte usual do cuidado da APS foram estimadas por meio da razão de prevalência (RP), com uso do modelo de regressão logística, sendo considerado o fator de ponderação amostral, por meio do Stata 14.0 Dos adolescentes analisados, 72,8% estudavam em escolas que desenvolviam ações intersetoriais com os serviços de APS. Entre esses, observou-se associação entre o reconhecimento da fonte usual do cuidado da APS e ações intersetoriais (RP = 1,11; IC95%: 1,08-1,14). Quando analisado para ações do Programa Saúde na Escola (RP = 1,40; IC95%: 1,37-1,43) e o desenvolvimento de ações entre a escola e os serviços de APS (RP = 1,08; IC95%: 1,05-1,12). Os resultados mostram que existe uma associação positiva entre o reconhecimento dos serviços de APS como uma fonte usual do cuidado e as ações intersetoriais. Entretanto, existem desafios na articulação entre os setores de saúde e educação, na perspectiva de uma prática que se configura como intersetorial, para a implementação das ações de prevenção e de promoção da saúde ao adolescente na escola. Envolvem, ainda, maior conhecimento sobre a percepção dos adolescentes sobre a qualidade do serviço ofertado pelas unidades de saúde.
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