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A falta de opções de espécies do gênero Eucalyptus tolerantes a geadas é uma das limitações da expansão de seu cultivo na região sul do Brasil. Neste sentido, tanto o E. dunnii como o E. benthamii apresentam-se como alternativas para o empreendedor florestal. Adicionalmente, a produção do híbrido interespecífico entre os materiais citados poderá proporcionar benefícios extras, ao associar as vantagens adaptativas e silviculturais das espécies parentais. As práticas e as técnicas silviculturais convencionais contribuíram significativamente para melhoria da produtividade das espécies florestais, e continuarão a ter um impacto substancial nas plantações comerciais (NEHRA et al., 2005). Nesse sentido, o uso da clonagem está sendo reconhecido pelo mundo inteiro como fator contributivo para o aumento da produtividade (JOSHI et al., 2003). A propagação vegetativa de Eucalyptus já é realidade em várias empresas florestais (XAVIER e COMÉRIO, 1996) e atualmente está ganhando destaque no setor de produção de mudas. Dentre as técnicas de cultura de tecidos de plantas, a micropropagação tem sido a mais difundida e com aplicações práticas comprovadas. Esta já se encontra embutida nos programas de melhoramento, que na maioria das vezes objetivam a maximização ou manutenção do valor genético do clone a ser propagado, permitindo assim, acelerar os métodos convencionais de propagação vegetativa (XAVIER e COMÉRIO, 1997). Um dos fatores mais críticos na micropropagação de espécies lenhosas refere-se ao sucesso na fase de desinfestação dos explantes. GRATTAPAGLIA e MACHADO (1998) destacam que a dificuldade maior nessa etapa reside em se obter tecido descontaminado, sem conduzi-lo à morte quando isolado, em que os pré-tratamentos aplicados à planta matriz são determinantes para o sucesso dessa etapa. Segundo os mesmos autores, várias substâncias com ação germicida são utilizadas para fazer a desinfestação dos explantes, destacando-se o etanol e os compostos a base de cloro, tais como o hipoclorito de sódio (NaOCl) e de cálcio. Quando se utiliza material vegetativo diretamente do campo, os tratamentos desinfestantes são mais criteriosos, em virtude de apresentarem maiores níveis de contaminação (ALFENAS et al., 2004) e as concentrações e tempos de exposições aos agentes desinfetantes devem ser maiores (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998), em comparação aos explantes provenientes de ambientes protegidos. O presente trabalho teve como objetivo testar diferentes concentrações de hipoclorito de sódio (NaOCl) no estabelecimento de segmentos nodais de Eucalyptus benthamii x E. dunnii oriundos de sistema semi-hidropônico. |