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O artigo analisa o conceito e a apropriação do termo nomadismo a partir do que foi prescrito pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino de História nos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental/ Anos Iniciais, e em 2 volumes de 2 coleções didáticas. Tomamos como objeto de análise a BNCC (2017) e os 2 livros didáticos de História das coleções “Ápis” (SIMIELLE & CHARLIER, 2017) e “Vamos Aprender” (MINORELLE & CHIBA, 2017. Como encaminhamento metodológico optamos por uma análise argumentativa seguindo a linha teórica adotada por alguns autores que vêm desenvolvendo e publicando pesquisas voltadas à história indígena, etno-história, antropologia (ALMEIDA, 2010; OLIVEIRA, 2016; MOTA, 2014; RODRIGUES, 2012; WOLF, 2005; MONTEIRO, 1995), ao ensino de história indígena (SILVA, 2015, 2018; SILVA & GRUPIONI, 1995; WITTMANN, 2015; RODRIGUES; JATOBÁ; RIGONATO, 2020; NOVAK; JACOMINI,2020); ao ensino de história (ABUD, 1984, 2017; MORENO, 2016; PEREIRA & RODRIGUES, 2018), e aos estudos sobre educação e currículo (SACRISTÁN, 2013; SILVA, 2007; SILVA, 2017, SABCHUK, 2020), entre outros, cuja produção científica possibilitou-nos problematizar e demonstrar que o ensino da história dos povos originários ou povos indígenas que vem sendo ensinada nas salas de aula da Educação Básica e presentes como conteúdos nos manuais didáticos selecionados, respeitados os avanços e a Lei 11.645/2008 que tem contribuído bastante nesse processo, ainda não se apropriou da produção científico-acadêmica de História, Antropologia, Etno-história e Ensino de História produzida nos últimos 30 anos. |