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Objetivo - caracterizar e descrever proposta de intervenção sobre violência entre gestantes na Estratégia Saúde da Família - ESF. Material e métodos – Estudo transversal e relato de experiência do PET-Saúde. População formada por 28 profissionais e 96 gestantes em três unidades da ESF do Recife, de dezembro de 2013 a março de 2014. Coleta de dados com questionário estruturado, validado para o Brasil, e observação participante. Utilizou-se estatística descritiva para construção de Coeficientes e Razão de Prevalência. A intervenção constou de visitas a instituições ou setores participantes da Rede de Enfrentamento da Violência, para co-construção de fluxograma de atenção. Projeto aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa, com assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados - Perfil das gestantes: média de 24 anos, 10 anos de estudo, fora do mercado de trabalho, em famílias nucleares, com algum tipo de violência doméstica (49%), sendo a psicológica mais prevalente. Referência a aborto foi 3 vezes maior entre mulheres violentadas. Entraves identificados na assistência oferecida na ESF vinculam-se à inexistência ou inadequação na identificação de casos e fluxos de atenção e na desarticulação dos componentes da rede. Conclusão - A conjunção de violência no ciclo de vida dessas mulheres vincula-se a sentimentos de gravidez indesejada, ensejando práticas de aborto inseguro e apontam para uma maior vulnerabilidade às situações de morbi-mortalidade maternas, aliadas a entraves em relação à assistência oferecida, exigem o estabelecimento de políticas públicas que possam dar respostas que impactem na redução de tais vulnerabilidades. Reuniões de sensibilização mostraram-se promissoras. |