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Este artigo faz uma incursão analítica sobre o tema benjaminiano cidade moderna e liberdade. Para tanto, discute o fenômeno da despersonalização das relações humanas e do aparecimento do individualismo nas cidades modernas, dominadas pela lógica do capitalismo. As cidades da oferta de mercadorias e do consumo exigem de seus habitantes, de acordo com Benjamin, uma constituição heroica para que não sucumbam ao excesso de estímulos visuais e de choques cotidianos. Por isso, surgiu a figura típica do flanêur, que, movimentando-se pelos espaços sociais, assume a condição contraditória de adaptação e de resistência à objetificação e à alienação da modernidade. Essa possibilidade de resistência e liberdade desentranhada pelo flâneur encontra condições viáveis até mesmo no contexto da tecnificação da cultura, o que chamou de “arte como reprodutibilidade técnica”. |