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Este artigo traz uma breve contextualização histórica-epistemológica da observação enquanto prática, ideia e categoria epistêmica, perpassando o seu entendimento de uma perspectiva aristotélica ao advento da ciência moderna. A partir da menção às teses de Hanson, Fleck e Shapere, contextualiza a utopia de neutralidade de uma observação científica. Concepções que ainda permeiam o ensino de ciências, fortemente empírico-indutivistas, que envolvem estereótipos de uma observação neutra, livre de pressupostos e subjetividades, que produz bases seguras para obtenção de conhecimentos, são prejudiciais a um melhor entendimento sobre ciência. Assim, por fim, reafirmando a relevância da História e Filosofia da Ciência em promover discussões relativas à Natureza da Ciência, apresenta exemplos de episódios históricos que podem, quando devidamente explorados, ser abordados no ensino de ciências. |