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As revistas brasileiras Claudia e TPM justificam a própria existência atestando seu impulso à liberação feminina ou ainda se afirmando como guias práticos para entretenimento e ações do cotidiano da mulher “moderna” ou da mulher “do mundo real”. No entanto, as publicações não deixam de delimitar o gênero feminino como se fosse coerente, estático e homogêneo, invisibilizando, inclusive, outros modos de ser e agir. Partindo de observações gerais de edições dos últimos 10 anos, entre 2004 e 2014, desses dois veículos, e com o apoio de autoras dos estudos feministas, como Scott (1995), Funck (2014) e Lugones (2014), pretende-se levantar questões sobre quais são as atribuições relegadas às mulheres, como maternidade e cuidados com o corpo, bem como quais podem ser as consequências dessas escolhas das revistas. A intenção é problematizar, inclusive, a maneira com que, por meio de uma série de recomendações, as publicações sugerem uma vigilância contínua sobre as várias áreas da vida, como se a feminilidade fosse algo a ser continuamente preservado ou como se só existissem aquelas formas de ser mulher. |