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O artigo apresenta contribuições matemáticas para as áreas da agricultura e da fitopatologia, utilizando-se de dados reais e modelando o comportamento de fenômenos físicos. O objetivo do trabalho é modelar o crescimento do Botryosphaeria dothidea em meio de cultura com diferentes componentes, comparando os dados experimentais com o modelo matemático clássico de Verhulst. O experimento foi realizado no Laboratório de Fitopatologia do IFRS - Campus Bento Gonçalves, onde foi preparado o meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA), com diferentes componentes possivelmente inibitórios de crescimento, além de uma testemunha (somente com BDA). O meio de cultura foi alocado em placas de Petri e, em seguida, o fungo Botryosphaeria dothidea foi repicado no centro das placas sobre esse meio. Foram realizadas medições do crescimento fúngico a cada 12 horas. Para o processamento numérico e para a exibição dos gráficos foram utilizados softwares computacionais, tais como o Excel e o Scilab. Por meio de Modelos Matemáticos, que consequentemente refletem em Equações Diferenciais Ordinárias, foi possível programar as simulações numéricas, verificando-se, assim, que a testemunha foi a que apresentou menor erro em relação ao modelo clássico. É plausível afirmar que o crescimento do fungo segue um modelo matemático clássico (Verhulst). Porém, foi possível constatar que os meios de cultura que possuíam possíveis inibidores em sua composição retardaram o crescimento do fungo, indicando que neste tipo de situação o modelo matemático clássico não descreve precisamente a realidade, necessitando ser adaptado. |