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Objetivo: Analisar o efeito dos ajustes de exercícios anteriores (AEA) no Patrimônio Líquido (PL) e no Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE). Metodologia: Foram pesquisadas as Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e as Notas Explicativas das companhias listadas no Novo Mercado da B3, de 2010 a 2019. Para analisar os efeitos dos AEA no PL e no ROE, aplicou-se o teste de Wilcoxon. Resultados: A maior parte dos AEA identificados referem-se a mudanças de política contábil, notadamente relacionadas à aplicação da IFRS 9/CPC 48 e IFRS 15/CPC 47, em 2018. Isso significa que as companhias escolheram reconhecer os efeitos da adoção dessas normas de forma retrospectiva, com efeito cumulativo no PL, sem a apresentação das informações comparativas (escolha contábil). Houve diferença estatisticamente significativa entre as variações médias do PL e do ROE ajustados e não ajustados (com e sem AEA). Em outras palavras, observa-se que há influência de mudanças de políticas contábeis e/ou retificações de erros na análise desses indicadores. Importante ressaltar que os AEA não devem afetar o resultado líquido do exercício corrente, sugerindo que os efeitos decorrentes de mudanças de políticas contábeis e erros tendem a proteger resultados presentes e/ou futuros em detrimento de resultados passados. Contribuições do Estudo: A principal contribuição do estudo reside em avaliar alterações no PL que não decorrem, necessariamente, do desempenho operacional ou das estratégias de financiamento, mas advindas das mudanças de critérios contábeis ou erros, que podem afetar outros componentes patrimoniais. |