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Neste artigo, analisou-se o impacto das redes mediadoras de apoio e proteção na trajetória de adolescentes vítimas de bullying escolar, favorecedoras da resiliência em-si. Como referencial foi utilizada a teoria histórico-cultural, que tem como base o materialismo histórico dialético. Os(as) participantes da pesquisa foram 06 jovens de uma escola pública, localizada no interior paulista. Como procedimentos metodológicos, adotaram-se entrevistas semiestruturadas com os participantes, para problematização do conteúdo implícito nas fotografias tiradas por eles e nas filmagens de um dia de suas vidas. Os resultados apontaram que, dentre as redes mediadoras de proteção, as relações interpessoais e familiares tiveram papel decisivo na vida dos(as) participantes, ao funcionarem como um ponto de apoio diante das adversidades vivenciadas, inclusive, as promotoras de bullying escolar. Muitas das práticas e atividades sociais experienciadas também funcionaram como mecanismos mediadores de proteção, pois permitiram que eles(as) se sentissem valorizados(as) e reconhecidos(as) pelo coletivo. No entanto, por mais que as redes pesquisadas, por meio dos processos de “resiliência em-si” tenham cumprido papel essencial ao auxiliá-los(as) no enfrentamento da condição em que se encontravam, não há como desconsiderar a continuidade do bullying escolar no sistema de organização capitalista. |