RELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COM O PROGNÓSTICO DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA EM TRATAMENTO COM INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE

Autor: LA Antunes, JDDS Goveia, E Miranda, G Duarte, G Duffles, KBB Pagnano
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S1085-S1086 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2024.09.1901
Popis: Objetivos: Avaliar a relação do Índice de Massa Corporal (IMC) com o prognóstico de pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) em tratamento com inibidores de tirosina quinase (ITQ). Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, observacional. Foram avaliados pacientes de um único centro, maiores de 18 anos com diagnóstico de LMC em FC entre 2015 e 2022 tratados com imatinibe em primeira linha. Realizado levantamento de dados obtidos de registro e prontuários médicos. Resultados: Foram avaliados 135 pacientes com mediana de idade ao diagnóstico de 53 anos (17-83), 50,4% mulheres. 60,7%, Sokal baixo risco, 33,3% intermediário, 25,9% alto risco, 17% não avaliável. A mediana do IMC foi 26,1 (17-43).Os dados nutricionais mostram que 34,8% dos pacientes têm peso normal (IMC 18,5-24,9), 34,8% apresentam sobrepeso (IMC 25,0-29,9), 13,3% têm obesidade Grau 1 (IMC 30,0-34,9) e 3,0% têm obesidade Grau 2 (IMC > 35,0). ²ASG da população total de aos 60 e 89 meses foi 83% e 70%, respectivamente e de acordo com IMC foi de 97%, 87% e 86% nos pacientes com peso normal, sobrepeso e obesos respectivamente (P = 0.72). A sobrevida livre de progressão foi 96%, 89%, 81% nos pacientes com peso normal, sobrepeso e obesos respectivamente (P = 0.44). Não houve correlação entre IMC, sexo e Sokal. Na situação atual dos pacientes em seguimento, 76 alcançaram resposta molecular maior ou mais profunda. Houve 21 óbitos, (15%), 15 não relacionados à LMC; 11 casos perderam seguimento. Discussão: Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE de 2019, cerca de 60,3% da população brasileira adulta apresentava excesso de peso (IMC > 25) e 25,9% obesos (IMC > 30). Além disso, o número de pessoas com obesidade grave (IMC > 35) tem aumentado, atingindo 4,07% da população em 2022. Em comparação, os dados do presente estudo indicam que 34,8% dos pacientes com LMC estão com sobrepeso ao diagnóstico (IMC 25,0-29,9), e 16,3% estão obesos (IMC > 30), considerando a obesidade Grau 1 e Grau 2. O perfil nutricional entre pacientes com LMC corrobora a tendência observada na população geral brasileira, mas com uma prevalência maior de sobrepeso. Do total de óbitos, 71,4% não foi relacionado diretamente à LMC, o que sugere a presença de comorbidades ou outras complicações clínicas que diminuem a sobrevida. Conclusão: Não houve diferença significativa nas SG e SLP de acordo com a estratificação pelo IMC, mas os pacientes com sobrepeso e obesidade tiveram uma menor taxa de sobrevida. Considerando que atualmente a maior sobrevida dos pacientes com LMC e que a maioria dos óbitos não são relacionados à doença, o controle da síndrome metabólica e das comorbidades é fundamental nos pacientes de LMC, principalmente nos casos em uso de nilotinibe e ponatinibe, que apresentam maior risco de eventos cardiovasculares e arteriais.
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