Leitura em braile versus leitura automática: uma análise comparativa entre duas tecnologias assistivas à luz da perspectiva interacionista
Autor: | Edson Carlos Romualdo, Gabriela Souza Marques Valdevieso |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Acta Scientiarum: Language and Culture, Vol 43, Iss 2 (2021) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1983-4675 1983-4683 |
DOI: | 10.4025/actascilangcult.v43i2.55012 |
Popis: | A inclusão de alunos com deficiência na rede regular de ensino destina-lhes a exigência de desenvolvimento das capacidades relacionadas à oralidade, à leitura e à escrita, estabelecida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998b) e reforçada pela Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017). Dentre as tecnologias assistivas utilizadas por alunos cegos para realizar atividades de leitura, estão o braile e os leitores de tela, que realizam uma leitura automática. Este artigo almeja verificar, por meio de um estudo de caso, se o uso de uma das tecnologias permite melhor compreensão dos textos em detrimento do uso de outra, possibilitando o papel ativo do leitor na construção dos sentidos. Para tanto, foram propostas a uma aluna cega, matriculada no quinto ano do Ensino Fundamental da rede pública de ensino de uma cidade do Noroeste do estado do Paraná, questões de leitura sobre quatro textos – dois lidos em braile e dois por um leitor de tela – cujas respostas são analisadas. Este estudo, de natureza aplicada, está pautado no que Menegassi (1995, 2010), Solé (1998) e Koch e Elias (2014) discutem acerca do processo de leitura em uma perspectiva sociointeracionista da linguagem. As análises mostram que o braile propiciou maior desempenho da aluna em questões de resposta literal, enquanto o leitor de tela nas de compreensão inferencial textual, nas de compreensão inferencial extratextual e nas de elaboração pessoal. Apesar das diferenças, conclui-se que as duas tecnologias devem ser aliadas nas práticas de ensino, uma vez que a leitura em braile prioriza a etapa de decodificação dos textos e a leitura automática privilegia as etapas de compreensão e interpretação. |
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