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A carência de informação e de alternativas para o acesso a outros meios de subsistência levam as comunidades ribeirinhas do litoral paranaense a terem no extrativismo uma de suas atividades principais fontes de renda. O presente estudo teve por objetivo caracterizar as comunidades ribeirinhas extrativistas e a exploração dos bancos naturais de ostras do mangue Crassostrea sp. na baía de Guaratuba, litoral sul do Brasil - Paraná. A identificação e a caracterização dos bancos de ostras foram realizadas com base em entrevistas com extratores e em observações in loco. O questionário foi composto por questões abertas e de múltipla escolha, elaboradas com base na metodologia utilizada em censos demográficos oficiais. Três campanhas foram realizadas, entre junho/08 a dezembro/10, nas áreas pré-identificadas como sendo bancos naturais de ostras, para o georreferenciamento desses bancos e caracterização ambiental local. Foram identificados 38 bancos naturais de ostras classificados como: infralitoral, mesolitoral ou misto; e ainda como contínuos ou pontuais. Os extratores identificados eram predominantemente homens, de baixa escolaridade, idade superior a 40 anos e baixo nível de remuneração, com necessidade de realização de uma atividade complementar de obtenção de renda. A quantidade de ostras extraídas por entrevistado variou de 22,5 a 5.400,0 dúzias/ano/extrator, vendidas muitas vezes a intermediários e por baixos valores. Observou-se uma estreita relação entre as precárias condições de vida das comunidades entrevistadas e a necessidade de explorar bancos de ostras para a complementação da renda familiar. |