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O reconhecimento e a quantificação de tendências da variação da linha de costa são de fundamental importância para o entendimento dos processos que moldam os ambientes costeiros, dando suporte à gestão dessas áreas. Este trabalho apresenta os resultados da análise da variação da linha de costa de um período de 78 anos em nove arcos praiais do setor centro-sul da Ilha de Santa Catarina com base em fotografias aéreas de 1938 a 2016. Três modelos espaciais foram gerados no Digital Shoreline Analysis System com a identificação de feições indicadoras de linha de costa: modelo E (limite entre praia-duna), modelo K (limite entre a área seca-molhada) e modelo M (linha de água instantânea). Os resultados mostram heterogeneidade entre os modelos espaciais com a variação média da linha de costa de 0,05 ± 0,12 m/ano para a linha E, 0,12 ± 0,25 m/ano para K e -0,20 ± 0,20 m/ano para M. O modelo E apresenta dispersão de 0,27 m e melhor ajuste às mudanças da linha de costa. O modelo K destaca-se pela alta dispersão (0,35 m) e retrata razoavelmente as mudanças costeiras. O modelo M mostra dispersão de 0,28 m e baixa confiabilidade na representação da variação da linha de costa. O processo de acreção é identificado nos arcos praiais dos Açores-Pântano do Sul e Campeche-Joaquina, sendo responsável pelo aporte contínuo de sedimentos para os sistemas eólicos adjacentes. O processo erosivo é identificado nos arcos praiais da Armação-Caldeirão e do Morro das Pedras-Campeche. Os arcos praiais de Naufragados, Lagoinha do Leste, Matadeiro, Mole e Galheta exibem relativa estabilidade. |