Améfrica Ladina e a crítica à democracia racial em Lélia de Almeida Gonzalez

Autor: Aristeu Portela Júnior, Bruno Ferreira Freire Andrade Lira
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Horizontes Antropológicos, Vol 28, Iss 63, Pp 105-131 (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1806-9983
0104-7183
DOI: 10.1590/s0104-71832022000200004
Popis: Resumo Este trabalho se insere no esforço coletivo de promover uma releitura do pensamento político-social brasileiro a partir de autoras e autores cujas reflexões foram historicamente silenciadas em virtude de suas pertenças étnico-raciais e/ou de gênero. Mais especificamente, partimos do pensamento de Lélia de Almeida Gonzalez (1935-1994) para refletir sobre o mito da democracia racial enquanto estruturante de um projeto de nação no Brasil. A questão orientadora aqui é: como a noção de Améfrica Ladina, enquanto fundamento de uma nova leitura da formação da sociedade brasileira, complexifica a crítica ao mito da democracia racial? A hipótese a ser desenvolvida é que o diferencial da crítica da autora está na identificação, ainda nas décadas de 1970 e 1980, de uma tripla forma de discriminação entre raça, classe e gênero que marginaliza brutalmente as mulheres negras - e que não pode ser silenciada na compreensão da formação nacional do Brasil. Ademais, a intelectual em questão ainda apresenta a definição de racismo por denegação como aspecto particular do mito da democracia racial.
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