O que se desvela com a rotação do espelho? Da formação do eu à sensação do desejo do Outro

Autor: Luciana Ribeiro Marques, Sonia Alberti, Priscila Mählmann Muniz Dantas
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Vol 25, Iss 3, Pp 533-559 (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1984-0381
1415-4714
DOI: 10.1590/1415-4714.2022v25n3p533.3
Popis: Com base no esquema óptico, proposto por Lacan para identificar a formação do eu na constituição do sujeito, esta pesquisa teórico-clínica levanta a seguinte hipótese: a rotação do espelho plano desvela a fragilidade do eu. O espelho plano introduz, na formação do eu, a alteridade que parte da concepção do Outro em Lacan. Como Freud já havia conceituado, o eu é uma superfície advinda do investimento libidinal a partir da relação do infans com o Outro, substituindo-se à experiência original do corpo despedaçado. Todavia, tal despedaçamento não desaparece no engodo produzido nessa substituição, e quando se desvela, pode lançar o sujeito na angústia. Nossa vinheta clínica visa provocar a discussão que o percurso teórico advindo dessa questão suscita: quando a angústia — como sensação do desejo do Outro —, emerge para, o sujeito espatifando a imagem; ou melho, como diz nosso jovem sujeito, “espaguetificando” o eu.
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