Reflexões sobre concepções de professores acerca das finalidades da educação infantil

Autor: Maria Angélica Olivo Francisco Lucas
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2012
Předmět:
Zdroj: Revista Histedbr On-line, Vol 10, Iss 38 (2012)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1676-2584
DOI: 10.20396/rho.v10i38.8639702
Popis: Neste artigo apresentamos algumas reflexões sobre concepções de professores acerca dasfinalidades da educação infantil. Para tanto, primeiramente apresentamos ao leitor asfinalidades conferidas à educação infantil pelos principais documentos oficiais produzidosnas últimas três décadas no Brasil. Recorremos à periodização feita por Rosemberg (2003)que dividiu a história da educação infantil brasileira contemporânea em três períodos. Oprimeiro corresponde à implantação de um modelo de educação infantil com forte marcacompensatória em decorrência da influência do UNICEF e da UNESCO. O segundoperíodo contou com intensa participação da sociedade civil na discussão dos direitos dacriança, presentes na Constituição Federal (1988), no ECA (1990) e no PNEI (1994). Oterceiro é marcado pela influência do Banco Mundial nas políticas educacionais. Nelevimos a atual LDB (1996), o RCNEI (1998), as DCNEI (1999) e o PNE (2001) seremdiscutidos e aprovados. Subsidiados pelo conteúdo destes documentos analisamos asdefinições elaboradas por professoras de educação infantil para as finalidades deste nívelde ensino. Verificamos que elas se referiram com desembaraço ao cuidar e educar comofunção da educação das crianças pequenas. Contudo, a afinidade com tais termos nãosignificou compreensão do caráter complementar existente entre eles. A associação dessafinalidade com outras funções e a superficialidade das respostas indicaram que talexpressão foi apropriada pelas professoras sem o entendimento de seu real significado.Considerando que os sujeitos da pesquisa eram professores com formação além da exigidapela atual LDB e considerável experiência profissional, concluímos não ser necessárioapenas insistir na importância da formação inicial, nem apenas investir na formaçãocontinuada desses profissionais, mas, sobretudo, encontrar outros modelos de formaçãoque pautem pela sistematicidade e intencionalidade inerentes à ação pedagógica e comgrau de profundidade que permita compreendes as questões ora apontadas e políticaspúblicas comprometidas com esse outro tipo de formação.
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